Entre o Chuy e Punta del Diablo quem passa pela ruta 9 irá enxergar da estrada a Fortaleza de Santa Teresa e as placas de entrada para o parque nacional de mesmo nome. Um passeio que irá ocupar pelo menos um dia inteiro ou mais para quem desejar acampar no parque.
Quando montei o nosso roteiro pelo Uruguai, encaixei a visita aos dois lugares como um bate-volta de Punta del Diablo, onde ficamos hospedados. Para nós ficou ótimo e agora compartilho com vocês o que encontramos.
Fortaleza de Santa Teresa
A primeira coisa que deve ser dita é que a entrada da Fortaleza e do Parque nacional são separadas, sendo que a Fortaleza é o primeiro ponto para quem vem em direção Brasil – Punta del Diablo. E foi por ela que iniciamos.
Próximo à entrada da fortaleza tem um estacionamento gratuito, sendo muito fácil para deixar carro. Há também a venda dos ingressos que deve ser pago em pesos uruguaios.
Após sair da sala onde compramos os ingressos nos dirigimos a entrada da Fortaleza, que é enorme e muito bem cuidada.

Um pouco de história…
As obras da fortaleza foram iniciadas em 1762 pelos portugueses, na época o local era chamado de Castillos Chicos, e a intenção era ter um forte em uma possível guerra com a Espanha. Mas com o avanço do Governador de Buenos Aires, que ocupa o local, quem acaba dando continuidade são os próprios espanhóis.

E durante os anos subsequentes ela fica pulando entre as duas nações conforme guerras e invasões foram ocorrendo até 1828 quando a Convenção Preliminar de Paz é assinada.
Em 1927 o local é declarado Monumento Histórico Nacional e em 1928 tem sua restauração iniciada. O resultado de tudo: um museu que permite aos visitantes conhecer em detalhes uma fortaleza do século XVIII.

Nosso passeio pela fortaleza
Após passar pelos dois soldados da entrada nos deparamos com um lugar de espaço amplo e vários prédios espalhados pela sua área.
Na parte alta é possível encontrar os canhões e as guaritas, além do espaço que servia de banheiro para os que por ali ficavam.

Os prédios são todos identificados, tem o Polvorín que conforme o nome autoexplicativo indica era onde o exército guardava a pólvora da sua munição.
No prédio Comandancia um boneco representa a figura do comandante e no espaço fotos dos uniformes dos que por ali passaram e dos capitães.


Portugueses e Espanhóis são bastante católicos, então não poderia faltar a Sacristia e a Capilla. Na primeira nos deparamos com a imagem de Santa Teresa, as roupas utilizadas pelos religiosos e peças que fizeram parte do local durante o seu funcionamento, como o livro de batismo. Já na Capilla há desde o altar até a representação com uso dos bonecos de como funcionava o momento da confissão.

No Almacen de Viveres encontramos detalhes sobre a restauração da fortaleza com muitas fotos antigas. Próximo ficava a Puerta de Socorro e suas portas em grade de ferro e a Cocina para Tropa de Infantaria, que além do fogão tem a explicação de como preparar uma refeição completa. Próximo também está a área médica, com direito a bonecos representando os doentes.

Completando as informações há um grande espaço contando com fotos e maquetes a história das fortificações em território uruguaio.
Reserve ao menos uma hora para circular pelo local. Em dias de sol não esqueça de um chapéu e protetor solar, pois não há sombra para se deslocar de um espaço a outro.

Maiores Informações:
Endereço:
Endereço: 9 km. 303, 27204 Departamento de Rocha, Uruguai
Siga as placas na Ruta 9 que é bem fácil de achar
Horário de funcionamento:
Em temporada alta (de dezembro a 1º de março): todos os dias, de 10 a 19 horas
Em férias de primavera: de 10 a 17 horas
Em temporada baixa (resto do ano): todos os dias, de 10 a 18 horas
Valores (Janeiro/2023):
Menores de 12 anos: gratuito
Maiores de 65 anos: gratuito
Demais pessoas: 50 pesos uruguaios – o local só aceita dinheiro e pesos uruguaios
Contato:
Telefone: + 598 4474 6541
E-mail: museosfortif@hotmail.com
Para informações atualizadas, visite o site: http://turismorocha.gub.uy/pt/atracoes/historicos/fortaleza-de-santa-teresa-em-rocha-uruguay-horarios-de-visita-e-custo-de-entrada
Parque Nacional Santa Teresa
Confesso que durante o nosso passeio pelo Parque Nacional Santa Teresa eu fiquei pensando se Parque era a designação certa para o local, que é imenso. Não pense em um lugar para estacionar o carro e percorrer tudo a pé, pois para conhecer os seus diferentes pontos durante um turno só estando devidamente motorizado.
Localizado próximo a Punta del Diablo ele possui 3000 hectares de extensão, sendo que quase 50% da área é composta pelo bosque, o que explica a área possuir mais de 2 milhões de árvores exóticas e nativas.
A entrada é gratuita e controlada pelos militares. Quando chegamos foi anotado a placa do carro e a quantidade de pessoas e um papel nos foi entregue, o mesmo foi retornado no controle de saída.

O que você irá encontrar no Parque Nacional Santa Teresa
Invernáculo
Construído em 1939 em granito e cápsulas de vidro, tem um sistema de calefação e umidade controlada onde armazena a flora tropical dos cinco continentes.
Sombráculo e Rosaleda
O espaço verde que favorece o desenvolvimento de espécies exóticas tropicais foi construído em 1939. Na Rosadela estão variedades uruguaias.
Próximo a ele, seguindo uma trilha, há também um mirante de pássaros.

Laguna de Peña
Siga a estrada do caminho de madeira para chegar a uma espécie de mirante em frente à Laguna de Peña. Além de poder descansar um pouco em um dos bancos, você pode observar as capivaras que habitam a reserva.

La Pajarera
Este foi o espaço super recomendado pelo pessoal da pousada em que estávamos em Punta del Diablo, pois era um local que agradaria a Alice em cheio. E eles não se enganaram.
A La Pajarera é um refúgio silvestre que atua no cuidado de aves em perigo de extinção. Além do aviário há outras espécies de mamíferos e répteis. Alguns soltos compartilhando o espaço junto com os visitantes.
Como a Alice está na fase de curtir Lhamas, foi uma sensação encontrar algumas “ao vivo” no local.
Aqui também há diversas passarelas em madeira, além de um parque infantil e mesas e cadeiras para observar todas as espécies que estão ao redor.

El Chorro
Uma construção em pedra cujos desníveis formam uma piscina de água natural, fica próximo aos serviços do parque.
Praias
Como o parque fica junto ao mar, ele possui uma extensão de 12 quilômetros de praias que são: Praia La Moza (para quem curte surf), Praia Achiras (fácil acesso), Praia del Barco e Praia Grande (que é vizinha de Punta del Diablo).
Foi na Playa La Moza que encontramos um restaurante para almoçar. O local é bastante simples, com pratos como massa e arroz com carne e batata frita, mas que atendem quem está com fome, e o melhor aceita cartão de crédito. No dia que almoçamos havia inclusive um pessoal tocando no local.

É na La Moza que também encontramos um mirante de baleias – infelizmente não era a época de elas passarem por ali -, e um espaço com letreiro e um pequeno barco, irresistível para quem gosta de fotografar.
Dicas para o passeio:
Sapatos e roupas confortáveis são essenciais. Como o local tem acesso a diferentes praias, para quem não resiste a água salgada, vale a pena estar com roupa de banho.
O sol no Uruguai é bastante forte e as vezes o vento fresco engana, então não descuide do protetor solar durante o passeio no parque.

Um aspecto negativo no local são os banheiros, que não possuem cuidado nem itens básicos como papel higiênico. Então não deixe de levar o seu ou um lenço de papel caso precise usar.
Explore as placas, se perca sem se perder e descubra o que o parque tem a oferecer, pois vale bastante a pena.
Maiores Informações:
Endereço: Rota 9 no km 302
Horário:
De quarta a domingo, das 8h às 18h
Entrada Gratuita
Para quem quer se hospedar no local
Para quem desejar, é possível pernoitar no local, seja levando sua própria barrada e se instalando no camping, sendo alugando uma das cabanas do complexo.
No local os hospedes irão encontrar serviços como de supermercado, restaurantes, padaria, mecânica automotiva e borracharia, serviço médico e odontológico de emergência.
Existe um valor para se hospedar lá, mas como não estava no nosso planejamento, confesso que não pesquisei.
Vale a Pena?
Nós gostamos bastante do passeio e achamos bem fácil seguir as placas e explorar o local. Escolhemos fazer primeiro a fortaleza – cujo passeio leva menos tempo – e depois ir para o parque, e para nós funcionou muito bem. Ah, nós começamos o nosso passeio pela manhã, então ficamos praticamente o dia entre os dois.
Quando estivemos lá não havia nada de espetacular na gastronomia do local. Muitas famílias optam em levar as próprias refeições, e não falta espaço para realizar um piquenique.

Mas caso não queria se preocupar com isso, há vários quiosques que vendem bebidas e lanches, além de alguns restaurantes perdidos, como o que achamos na Playa La Moza. E há também o supermercado na área do camping.
Então caso esteja pensando em fazer uma roadtrip pelo litoral uruguaio, não esqueça de colocar os dois no seu roteiro.
* Viagem realizada em janeiro/2023
* Alice estava com 9 anos e 8 meses
* Todas as despesas pagas por nós
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Muito bom relembrar o Parque e a Fortaleza Santa Tereza lendo este post. Eu adoro o Uruguai e como sou do sul de SC, sempre fui de carro. Adoro demais essa região toda de Punta del Diablo!
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