Em uma tarde de verão tivemos o prazer de conhecer o maior museu de ciência e tecnologia da Itália. O museu que leva o nome do físico, matemático, astrônomo, filósofo e florentino Galileu Galilei – em italiano Galileo Galilei – exibe diferentes tipos de ferramenta e instrumentos científicos desde o período do Renascimento até o século XX.

Um pouco de história
Após a morte de Galileu foi fundada no ano de 1657, em sua homenagem, a primeira instituição científica do mundo: a Academia da Experimentação, onde eram incentivados não só as descobertas científicas, mas também a sua aplicação em diferentes áreas de conhecimento.
Em 1930 – quase trezentos anos depois – o Palácio Castellani, um prédio austero que já foi uma fortaleza que protegia o porto fluvial no Rio Arno e fazia parte da antiga cerca das muralhas de Florença, teve fundado em seu espaço pela Universidade de Florença o Museu da História da Ciência.
Em 2010, após repassar por um período de restauração não só estrutural, mas também dos objetos expostos, recebeu o nome de Museu Galileu Galilei.

O Museu
Ao longo do tempo o Museu Galileu recebeu inúmeras doações totalizando as mais de 1300 peças expostas em suas 18 salas. Estes itens pertenciam a coleções das famílias Medici e Lorena.
Sala I – Coleção Medici
Na coleção que pertencia a Cosimo e foi repassado para seus sucessores, o visitante irá encontrar peças como o Astrolábio, um antigo instrumento portátil para determinar a altura do Sol e das estrelas, usado tanto para astronomia quanto navegação. Ou como o Cifrario com as letras do alfabeto, tinha como utilidade a codificação de mensagens criptografadas.

Sala II – Astronomia e o tempo
Através de itens como o relógio solar, o visitante tem um panorama do tempo e da astronomia. Os diferentes exemplares de anéis astronômicos ou astrolábios piano podem chamar a sua atenção.

Sala III e VI – Representação do mundo
A grande bola dourada logo atraí o olhar dos visitantes, bem ao centro da sala a grande esfera armilar representa o universo tendo o planeta Terra como o centro de tudo. A sua volta vários globos de diferentes tamanhos, um mais bonito que o outro. Um dos destaques das duas salas são os quatro globos do cosmógrafo veneziano Vincenzo Maria Coronelli e demostram como o homem acreditava que a Terra era naquele período.

Sala V – A ciência das marés
Quem recebe os visitantes nesta sala é um busto de Américo Vespúcio. O desejo dos Medici de também conquistar um espaço nos males consolidou a ciência náutica, e aqui são expostos alguns dos importantes instrumentos de sua coleção, como cartas náuticas, ampulheta, transferidor, entre outros.

Sala VI – A ciência da guerra
Aqui estão os instrumentos que serviram de base para os militares e suas guerras, a influência da arma de fogo que transformou os campos de batalhas em estudo geométrico. Assim como alterar a arquitetura das próprias fortalezas. Itens como arquímetro e bússola nos contam como a matemática influência nas lutas.

Sala VII – O novo mundo de Galileo
No coração do museu está a sala dedicada ao cientista pisano. O busto de Galileu Galilei é cercado por várias de suas invenções, incluindo o valioso telescópio utilizado em 1609 para descobrir os Montes Apeninos Lunares e os satélites de Júpiter. Um dos itens bizarros nesta parte é o dedo médio de Galileu, que fica protegido por um vidro em forma de ovo, semelhante ao que se vê nas igrejas com as chamadas relíquias dos santos.

Sala VIII – Accademia del Cimento- arte e ciência da experimentação
Espaço de verificação de uma série de princípios da filosofia natural de autoria de Aristóteles. De observações de Saturno a possibilidade de criar um vazio da natureza. Entre os instrumentos ampolas, areômetro, barômetro, entre outros.
Sala IX- Depois de Galileo – Mundo físico e biológico
Nesta sala o visitante irá de separar vários instrumentos relacionados com alguns dos campos disciplinares que se desenvolveram a partir da segunda metade do século XVII. Como anamorfose, o fenômeno que ocorre quando a ampliação horizontal não é igual a vertical, e o cata-vento.

Sala X – Coleção Lorenese
Com a morte de Gian Gastone de Medice no ano de 1737 a Toscana passou a pertencer aos grã-duques da região de Lorena (região histórica do leste da França, entre a Bélgica e Luxemburgo, Sarre, Alsácia e Champagne). Os itens desta sala foram colecionados pelos loreneses até 1859, quando abandonaram a Toscana.
Aqui são encontrados itens como uma bancada química, diferentes barômetros, balança chinesa, entre outros.
Sala XI – O Espetáculo da Ciência
A alta sociedade do século XVIII era ávida por novidades, e isso a tornava fascinada por fenômenos da física experimental, dando um toque de espetáculo as descobertas científicas. Entre os curiosos itens estão os patos magnéticos e um aparelho para estudar colisões elásticas e inelásticas.
Salas XII e XIII -Ensino da Ciência
Ao transformar a ciência em espetáculo, o século XVIII também trouxe a demanda por ferramentas de ensino. Nestas duas salas estão instrumentos da época utilizados para ilustrar os princípios da mecânica, hidráulica, eletrostática e óptica para um grande público. Com isso será encontrado itens como o instrumento que simula a força centrífuga e o que demostra o paradoxo hidrostático – também conhecido como aparelho pascal.
Sala XIV – O Fabricante de Instrumentos de Precisão
Nos séculos XVIII e XIX áreas como da astronomia, geodesia e topografia demandavam a produção de instrumentos de precisão. E nesta sala estão os instrumentos originais fabricados em solo italiano por Giovanni Battista Amici (1786-1863). Itens como lente objetiva e microscópios estão disponíveis para o olhar dos curiosos.

Salas XV e XVI – Mensurar os fenômenos naturais
Com a afirmação do método experimental ainda no século XVII, somado ao surgimento de novas ferramentas, foi possível avançar na investigação dos processos naturais, ocorrendo assim a descoberta das leis que os regem e de fenômenos que até então eram desconhecidos. Entre as curiosidades o visitante irá encontrar imãs brilhantes, medidores e microscópio.
XVII – A Química e a Utilidade Pública da Ciência
A partir da metade do século XV a família Medici passou a fornecer laboratórios completos para os alquimistas, o que atraiu vários para a cidade de Florença. Diferentes instrumentos, alguns conhecidos nossos das aulas de química, contam esta história.

Sala XVIII – A Ciência em Casa
Ao tornar a ciência espetáculo, o século XVIII também popularizou entre as classes altas a aquisição de instrumentos científicos. Surgindo assim um novo mercado para fabricantes de instrumentos que produzissem kits de ciência experimental. Aqui o visitante irá encontrar desde farmácia portátil até diferentes tipos de máquinas.
Nossa Visita pelo Museu
A compra de ingresso foi muito fácil, chegamos, compramos e entramos. Caminhar por ele é muito tranquilo, pois o lugar não é super procurado.
Cheio de objetos que não são estranhos para os adultos, com as crianças vira uma mistura de retorno ao passado e bate-papo de objetos que utilizamos na época escolar, e em alguns casos, que ainda fazem parte do dia-a-dia tanto nas salas de aula como do trabalho, dependendo da profissão.
Nós iniciamos o passeio pela área interativa, onde Alice passou por todos e nós entramos na brincadeira. Entre o sistema solar e a trajetória da parabólica onde você atira bombas em uma cidade medieval, a ciência vai se tornando bem mais divertida. É literalmente o aprender brincando, e para a Alice que já tem interesse pelos planetas, aumentou ainda mais a curiosidade.

Uma coisa que achei muito interessante na visita das salas haviam alguns QR CODE, ao realizar a leitura era possível escolher o idioma e ler mais detalhes sobre o que estava sendo visto. Um ótimo complemento para quem sempre quer saber mais.
Além das salas também visitamos a exposição temporária que tinha como tema o Leonardo da Vinci, além de livros e anotações, encontramos um senhor fazendo Contação de histórias com várias crianças sentadas próximas escutando atentamente.

O museu é incrível, e recomendo muito a visita, principalmente se estiver acompanhado de crianças e adolescentes. O tempo depende muito do interesse de cada um, mas recomendo no mínimo uma hora se forem só adultos e duas se estiverem com crianças. Nós ficamos um bom período da tarde circulando pelo lugar.
Maiores Informações:
Endereço: Piazza dei Giudici 1
Lembrando que dias e horários podem mudar conforme medidas adotadas para conter a pandemia.
Dias e horários:
De quarta a segunda: das 9:30 às 18:00 horas
Terças: das 9:30 às 13:00 horas.
Valores de 2020:
Adultos: 10 euros
Crianças (6-18 anos): 6 euros
Família (2 adultos e 2 menores até 18 anos): 24,00
Menores de 6 anos: gratuito
Site: Musei Galileo

Você pode combinar esta visita com os seguintes locais: Galeria Uffizi, Palazzo Vecchio, Piazza della Signoria e Ponte Vecchio.
- Viagem realizada em setembro/2019
- Alice estava com 6 anos e 4 meses
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Não lembro de ter visto nas minhas pesquisas o Museo Galileo, mas descobri agora no seu post mais um lugar maravilhoso em Florença. Essa cidade realmente merece mais de uma visita, já quero demais voltar para conhecer espaços como esse.
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Adorei esse Museo Galileo. Um passeio que adoraria fazer em família. Um acervo muito bacana.
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