Experiência: Voando TAP 2019 – POA – ROMA – POA

Neste post conto a nossa recente experiência utilizando a companhia aérea portuguesa TAP em nossa viagem para a Itália, fazendo uma análise na questão de horário, aeronaves, entretenimento, alimentação, distribuição de lugares e atendimento dos comissários de voo.

Enquanto a Fraport não finaliza as obras para ampliação da pista no aeroporto Salgado Filho de Porto Alegre, a TAP é a única empresa que conecta a capital gaúcha a Europa.

Por ser um voo noturno e ter o voo mais longo direto para a nossa cidade, sempre que os preços da TAP são amigáveis acabamos optando por ela. Assim como inúmeros gaúchos, já que as aeronaves sempre saem cheias.

Então imagina a nossa felicidade quando encontramos um preço mais do que amigável no aniversário da companhia para o destino que estávamos de olho a tempos?

Com as lembranças dos últimos voos – já havíamos viajado para Madrid e Lisboa pela companhia – a expectativa era de um voo agradável. Mas não foi bem assim, o que gerou uma avaliação bem abaixo em relação às outras viagens.

Horários

Fizemos quatro voos com a TAP nesta viagem: Porto Alegre-Lisboa, Lisboa-Roma, Roma-Lisboa e Lisboa-Porto Alegre. Todos tiveram atraso. Não foram de horas, mas foi possível observar uma grande desorganização do pessoal, principalmente em comunicação.

Um exemplo foi o voo de retorno para Porto Alegre, onde iniciaram o embarque dos passageiros e ao chegarmos à área para pegarmos os ônibus, mandaram todos retornar devido à aeronave não estar pronta, informando que não havia previsibilidade para o embarque. Por ser meio-dia, muitos passageiros foram em busca de almoço, sendo que em menos de dez minutos reiniciaram o embarque.

Embarque
A TAP está dividindo o embarque em quatro fileiras: Classe Executiva, quem embarca com mochila ou mala de mão, e letras A e B (indicadas na passagem) para os demais.

Não adianta tentar embarcar com mala de rodinha na fila da mochila, que eles mandam para a outra fila.

No embarque eles sempre verificam a passagem e o passaporte, tenha eles em mão para agilizar o processo.

Aeronaves
As de conexão interna estavam em bom estado, mas justamente as que atravessavam o oceano possuíam um aspecto de muito antigas. Era possível observar que haviam sido arrumadas de qualquer jeito, sem reposição de itens como saco de vômito em todas as poltronas.

As poltronas são apertadas, como ocorre em outras companhias. Uma coisa que senti falta foi de USB para carregar aparelhos eletrônicos, algo que é disponibilizado em voos como da TAM e AirFrance.

Em relação ao entretenimento a bordo, a seleção de filmes era boa, mas para os que não falam inglês havia um problema sério nas legendas. Em filmes como Rocketman e nas séries como Chernobyl (1º episódio) elas sumiam várias vezes, ocorrendo de diálogos inteiros não terem legenda em português.

Sobre a comida, os lanches dos voos internos eram bons, já a comida dos voos mais longos eram Oks. Para família com crianças não havia diferenciação na questão do tempo, eu particularmente gosto bastante quando os pequenos recebem primeiro, embora nestes voos não tenha feito diferença já que a Alice não aceitou nenhuma refeição.

Distribuição de lugares
Uma coisa que eu gostava muito da TAP é que na distribuição de lugares tanto nas viagens para Lisboa quanto para Madrid eles sempre nos colocaram juntos. Mas isto não ocorreu neste voo, onde fomos separados nas fileiras duplas de número 34 e 35, enquanto vários casais ficavam nas fileiras do meio.

A mesma divisão ocorreu nos voos de conexão interna, onde em um deles todos nós fomos separados, inclusive a Alice que é criança e não deve viajar sozinha. Isto foi resolvido após reclamação dentro da aeronave.

Não sei se isto ocorreu por termos comprado passagens em promoção ou se era uma tentativa de nos obrigar a pagar por seleção de lugares, o fato é que sofremos bastante nos voos de longa conexão.

O motivo é que os lugares são o fundo do avião, que se por um lado possuem menos fluxo de passageiro, ficam próximos ao banheiro e não são tão frios. Por outro eles são semelhantes a um ônibus andando pelas estradas brasileiras, onde parece que o voo sofre o tempo inteiro com turbulências e mesmo quem nunca sofreu com enjoos – como nós – pode passar mal. Alice foi a que mais sentiu, vomitando tanto no voo de ida quanto no de volta com o cheiro das bandejas de café da manhã e café da tarde.

Comissários de Bordo
A simpatia resume no bom dia e no obrigado por ter voado conosco. Raramente precisamos de auxilio, mas nestes voos observamos pontualmente o despreparo em algumas situações:

– No voo de ida para Lisboa o cheiro das bandejas de café da manhã fizeram a Alice enjoar. Enquanto eu tentava socorre-la, um comissário queria que eu abrisse a bandeja para ele servir o meu café. Depois consegui guardanapos e um saco plástico que me mandaram colocar no lixo depois de recolher tudo.
– No voo de volta Roma-Lisboa só consegui sentar junto a Alice após bater pé e dizer que ela não iria sozinha.
– No voo de retorno para Porto Alegre um comissário não permitiu que eu deixasse a mochila para apoio dos pés da Alice (que estava sentada na janela) sob a justificativa de que atrapalharia a saída dela em caso de emergência, mas deixou o pessoal nas fileiras do meio com as malas entre as pernas.
– No voo de retorno para Porto Alegre ao verem a Alice vomitando vieram pedir para que usasse o saco especifico, ao qual era de papel e não adiantava muito. Novamente apareceu o saco plástico. Uma comissária veio oferecer remédio, mas quando pedi soro para hidratar ela não sabia o que era, e a minha mãe acabou ensinando.

Informações confusas da TAP
Hoje pelo site voos saindo e retornando para o Brasil permitem apenas uma mala de mão de 10 kg e nenhum item pessoal, enquanto os voos internos da Europa permitem uma mala de mão de 8 kg e um item pessoal.

Na prática todo mundo estava entrando com uma bagagem de mão e um item pessoal nos quatro voos que pegamos, mas como nunca se sabe quando vão encher o saco, é bom prever um espaço para a bolsa na mala de mão.

Se eu vou voltar a viajar pela TAP?
Para viajar com economia não dá para ficar escanteando companhias, embora eu tenha feito isso com a Avianca quando iniciou a boataria que resultou na falência da mesma.

Mas eu sempre dei preferência para a TAP quando os valores eram equivalentes, justamente pela facilidade de não ter que ficar pegando mala para despachar novamente ao fazer a conexão em São Paulo ou Rio. E neste ponto irei repensar.

Obviamente se surgir uma ótima promoção vamos avaliar, até porque após esta experiência vamos buscar com o pediatra um remédio para enjoo para a nossa pequena, pois espero que ela nunca mais passe por isso.

Só que agora mais do que nunca fica a torcida pela Fraport conseguir finalizar as obras de ampliação no Salgado Filho e outras companhias começarem a operar por aqui.

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