Dia 11 – Bate e Volta – Sant Sadurní D’Anoia

A Espanha produz cavas e vinhos maravilhosos. E Barcelona fica muito próxima da cidade que é considerada o berço da cava: Sant Sadurní D’Anoia.

Em um primeiro momento eu já dava como certa a visita a Freixenet (que fica ao lado da estação para quem opta pelo trem), só que durante as pesquisas me apaixonei pela Codorníu e a fábrica de chocolates Simón Coll. Ao reservar tentei encaixar as três, mas os horários não fechavam, assim a Freixenet acabou descartada por já conhecermos os seus produtos.

Você sabia que este post faz parte de um roteiro completo? Acompanhe a nossa trip completa por Barcelona com todos os detalhes dia-a-dia.

Para o dia de hoje havia feito reservas antecipadamente, mas sem precisar realizar o pagamento prévio. No caso é possível fazer uma reserva única com as próprias vinícolas, sendo que o pagamento ocorre para o lugar em que se visitar primeiro (que no nosso caso foi à fábrica de chocolate).

A ida até Sant Sadurní D’Anoia é rápida, e pegamos um trem na estação de Sants. O tempo de viagem foi de aproximadamente 45 minutos. Descemos na estação da cidade e seguimos até o centro da mesma, onde segundo as placas encontramos o nosso primeiro ponto de encontro.

Atenção: na cidade tem a loja e a fábrica Simón Coll, então no Google o ideal é colocar o endereço da fábrica, senão o app irá te direcionar para a loja.

Fábrica de chocolates Simón Coll
Para equilibrar os horários optamos pela visita das 11hs em catalão. Apesar de parecido com o espanhol, observamos que ela não é tão fácil de entender, exigindo uma atenção extra no seu locutor.

Simon Coll
Entrada da Fábrica da Simón Coll

A visita possuí três momentos:
– Vídeo: um vídeo misturado ao próprio ambiente conta a origem do chocolate como iguaria, assim como da própria fábrica. Os locais de origem do cacau e a evolução da sua utilização.

– Apresentação da fábrica: protegido por um vidro, se acompanha um espaço montado para mostrar como o chocolate é realizado na Simón Coll, também é explicado os tipos de cacaus (eles compram da África e das Américas) e chocolates são distribuídos para se entender a diferença de textura e sabor conforme a origem.

Simon Coll 2
Os tipos de cacau e degustação

– Loja: depois de aprender sobre a origem, entender a diferença dos gostos é hora de gastar os euros na loja da fábrica. para quem é chocólatra tem um problema a mais: cada tipo de chocolate possuí amostras para degustação. Então você compra sabendo o gosto que tem. E quanto mais você experimenta, mais você quer comprar, pois os chocolates deles são muito bons.

Eles também fabricam os chocolates Amatller, cujas belas caixas são facilmente encontradas em Barcelona e também são deliciosos.

Um pouquinho de história
A Simón Coll produz chocolate desde 1840, e foi em 1972 que eles compraram a marca Amatller, que pertencia aos mesmos donos da casa Amatller. Hoje eles fabricam e vendem as duas marcas, sendo que os que levam a marca Amatller são um pouco mais caros, assim como as embalagens mais sofisticadas. Mas ambas as marcas são de altíssima qualidade.

Para saber valores, horários e reservar a sua visita, clique aqui para acessar o site.
As visitas combinadas com uma das vinícolas possuem desconto.
Crianças até 8 anos não pagam.

Como chegar:
A fábrica fica no endereço abaixo:
Centre de Visites, Informació i Reserves
Sant Pere, 37
08770 Sant Sadurní d’Anoia

Feira
No caminho para o restaurante fomos ver a feira que ocorre as quintas-feiras na cidade. São bancas espalhadas pelo centro vendendo roupas, sapatos, antiguidades e outras coisinhas. Fica mais a título de curiosidade, não é algo essencial para a sua visita.

Feira
Feira que ocorre nas quintas e sábados

Almoço
Seguindo recomendação, deixei reservado o nosso almoço no restaurante Cal Blay Vintincinc. Ele foi apresentado como um restaurante focado no enoturismo (algo muito lógico para a cidade das cavas) e a nossa ideia era experimentar o menu completo.

Menu Infantil
Menu infantil

Chegamos um pouco antes do horário marcado no local, mas na porta não havia indicativo de que estava aberto e não enxergávamos ninguém circulando pelo local.

Estávamos pensando em um plano B quando um casal chegou e simplesmente empurrou a porta. Seguimos e então surgiu uma pessoa de outro ponto para atender.

Sobre o local: é pequeno e bonitinho. O detalhe dos talheres sobre a rolha são um encanto. Eles só atendem quem tem reserva e possuem menu infantil. Mas são demorados para te atenderem. Com isso fizemos a primeira modificação para não nos atrasarmos na visita a vinícola: trocamos para o menu exprés (prato principal + sobremesa ou café + agua e vinho ou cava).

A comida era boa, mas não maravilhosa. Não serviram a sobremesa do Marco e da Alice, e tentaram cobrar um café sem ter servido o menu completo.

Pelo conjunto da obra, não recomendamos.

Codorníu
Fomos a pé do centrinho até a vinícola já que havíamos levado o carrinho. A distância não é grande, mas tivemos que atravessar uma estrada semelhante as nossas BR’s que não nos deixou muito confortáveis. O fato de a mesma estar em obras ajudou na função e fiquei na dúvida se em um período normal a travessia não pode ser mais complicada.

Codorniu
Entrada da Codorníu

Para fazer o passeio na Codorníu tivemos que deixar o carrinho. Na recepção nos ofereceram guardas as sacolas com os itens comprados na fábrica de chocolate. Pulseiras colocadas nos pulsos, iniciamos a visita, agora em língua espanhola.

Em um primeiro momento fomos direcionados a um auditório onde um vídeo contando a história da vinícola foi apresentado. Neste momento juntaram dois grupos: os dos visitantes independentes e um grupo de excursão.

Terminado o vídeo o grupo foi separado para visitar a vinícola, passando por belas casas e prédios.

Entramos em um prédio aparentemente térreo. Dentro estão máquinas antigas utilizadas para a fabricação de vinho. Na mesa de aromas é possível sentir o cheiro de diferentes uvas, todas as origens desta bebida dos deuses.

Com o perfume ainda nas narinas começa uma descida e o frio. E vamos parar entre barris e garrafas e toda uma explicação sobre a fabricação da cava. Junto com a gente outra família animada, cheios de histórias e perguntas.

Para quem vai com criança, a parte mais divertida é a do trem, com a nossa guia radical, andamos pelos túneis rapidamente, tentando captar tudo a volta.

O grand final está na degustação de duas cavas: uma rose e outra brut. Para a Alice suco de uva. Os três muito bons. E a última etapa está na lojinha, pois ainda com o sabor da bebida nos lábios fica difícil de resistir. Mas achei os preços bons, é necessário ver as promoções, pois senão realmente o preço não difere do El corte Inglês, por exemplo.

Codorniu 10
Degustação: gostamos tanto que trouxemos as duas para casa

Tomamos um pequeno susto na hora de ir embora, pois estavam fechando a recepção quando o tour terminou. Abri a porta que ainda não estava chaveada e logo apareceu um funcionário apavorado, que se acalmou quando eu disse que eles haviam solicitado para deixar nossas coisas lá.

Com o carrinho e os chocolates recuperados, eles mesmos chamaram um táxi para que retornássemos a estação do trem. O preço do táxi é bem salgado para uma viagem de 5 minutos, mas com a chuva se aproximando se fez necessário.

Um pouquinho de história:
A Codorníu é uma empresa familiar, e foi a vinícola que iniciou a produção de cava e hoje é uma das maiores fabricantes do mundo. A história familiar e da Catalunha se misturam, tornando a visita ainda mais interessante. Assim como os prédios projetados pelo arquiteto modernista Josep Puig i Cadafalch, que são lindos.

Codorniu 5
Olhando de fora não se imagina o que há embaixo

Visitas:
Existe mais de um tipo de visita, nós optamos pela que se chama Visita Codorníu e tem uma duração de uma hora e meia, sem contar o tempo na loja.

Para quem ficou interessado e quiser saber os tipos de visita, valores e/ou reservar, clique aqui para ir à página da vinícola.

Como chegar:
Endereço: Avda Jaume de Codorníu s/n
08770 Sant Sadurní d’Anoia (Barcelona)

Nós optamos por trem, mas também é possível ir de ônibus ou em grupos de excursões que partem da cidade de Barcelona.

Para ir de trem:
Cercanías Renfe – Línea 4
Desde Barcelona-Sants até Barcelona Plaça Catalunya (duração de 45 minutos com diversas paradas):
Cercanía Renfe / Línea 4 dirección a Vilafranca del Penedès / Sant Vicenç de Calders / Estación de Sant Sadurní d’Anoia

O retorno de trem foi tranquilo, assim como a nossa chegada em Barcelona. A chuva também nos aguardava, acalmando o calor. Seguimos a nossa rotina de jantar no apartamento e descansar para o próximo dia.

* Quer mais fotos? Siga nosso instagram @3geracoese1mala
* Alice estava com 5 anos e 1 mês
* Viagem realizada no mês de junho/2018
* Patrocinada por nós

12 comentários em “Dia 11 – Bate e Volta – Sant Sadurní D’Anoia

  1. Belo post sobre Sadurní d’Anoia. Eu gosto muito dos espumantes da Codorníu, e também adoro visitar vinícolas! Com certeza é um passeio que quero muito fazer. Já anotei tudo.

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  2. Quase morri lendo esse post! Duas coisas que adoro: vinho e chocolate! 🙂 Imagino que a visita em catalão na fábrica não tenha sido fácil de entender… mas degustar os chocolates compensa tudo! Adorei o post!

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  3. Adorei esse bate e volta a Sant Sadurní D´anoia. Visitar fábrica de chocolate e degustar vinhos na mesma viagem é a própria definição de felicidade.

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