Lisboa – Dia 3

Vinho, arte, religião e cotidiano são as palavras que definem o nosso terceiro dia em terras portuguesas.

Você sabia que este post faz parte de um roteiro completo? Acompanhe a nossa trip completa por Portugal com todos os detalhes dia-a-dia.

Palácio da Bacalhôa

Nossa primeira parada neste dia foi o Palácio da Bacalhoa. Antiga propriedade da realeza portuguesa, também conhecido como Palácio dos Albuquerques, é cuidadosamente preservada pela Fundação Berardo, dos vinhos Bacalhoa.

Utilizada pela família, possui um espaço todo especial para visitação, onde é possível retornar ao passado e vislumbrar lindas peças ou nos assombrar, como no momento em que se pode caminhar por um piso de vidro e descobrir o que há por baixo do castelo.

 

No jardim, uma miniatura de labirinto e ao fundo uma casa com os lindos azulejos e imagens muito expressivas. Uma das que mais me impressionaram foi de violência à mulher, uma prova real de como a falta de respeito se estende a tempo demais.

O lugar é um encanto, hora colorido, hora sombrio, onde morte e vida se misturam rodeado de parreirais cheinhos de uva. A visitação tem o acompanhamento de uma guia que nos dá uma pequena aula tanto sobre os vinhos que dali serão originados como das peças que nos encantam.

Quinta da Bassaqueira (Sede Bacalhôa)

Nossa segunda parada foi a sede dos vinhos Bacalhôa, localizada na Quinta da Bassaqueira em Azeitão.

Na chegada nos deparamos com soldados e um cachorro azul. Pequenos jardins e lindas árvores completam a recepção. O que encontramos lá: uma linda exposição africana dedicada a Rainha Ginga. Uma exposição de móveis maravilhosos, do tipo que dá vontade de ter em casa e claro, azulejos e barris. Na sala de armazenamento de vinhos o cheiro é bastante forte e o local bastante frio. A dica é levar um casaco junto.

No final do passeio se tem uma prova de vinhos. Experimentamos três tipos: Moscatel de Setúbal, Catarina (Branco) e Meia Pipa (Tinto). Gostamos tanto que nos encorajamos a trazer pela primeira vez na mala. Os nossos favoritos foram o Catarina e Meia Pipa, comprados por 4 euros cada (no Brasil eles custam mais de setenta reais). Na loja eles vendem por 2 euros uma embalagem especial com plástico bolha que protege as garrafas durante a viagem.

Antes de ir embora não deixe de ver a árvore Kaki, bisneta da única árvore sobrevivente à bomba jogada em Nagasaki durante a segunda guerra mundial. Aliás, prepare a máquina fotográfica, pois o local é lindo e enche os olhos para quem gosta de natureza e arte.

Maiores Informações:
Para fazer os passeios Palácio mais o Museu existe horário pré-definido: 10h30; 14h30; 15h30 (Fizemos o das 10h30 e foi bastante tranquilo, a dica para quem não está acostumado a beber é reforçar o café da manhã).

Os passeios podem ser reservados com antecedência.

Valores dos ingressos (referência ano 2015):
– Museu – 3€
– Palácio – 4€
– Palácio e Museu da Bacalhôa – 6€

Recomendo muito fazer o passeio duplo, pois em duas horas se tem uma aula de história, arte e vinho com direito a brinde no final.

Endereço: Estrada Nacional 10, 2925-901 Azeitão
Site Bacalhôa

Fragata D.Fernando II E Glória

Nossa terceira parada foi rápida, apenas para conhecer a Fragata D.Fernando II E Glória. Localizada na doca nº 2 em Cacilhas, esta nau fica aberta para quem deseja conhecer uma legítima embarcação portuguesa.

Não fizemos a visitação interna (tarifa de 4 euros por adulto), mas pelo lado de fora já é possível admirar esta bela embarcação. Ela encanta pelos detalhes, e fica a curiosidade de saber se após a restauração ela irá navegar novamente no Rio Tejo.

Mais informações:
Endereço: Largo Alfredo Dinis, Almada

HORÁRIO DE VERÃO (1 de maio a 30 de setembro)
Todos os dias(*) das 10h00 às 18h00 – Última entrada às 17h45
HORÁRIO DE INVERNO (1 de outubro a 30 de abril)
Todos os dias(*) das 10h00 às 17h00 – Última entrada às 16h45
(*) – Às segundas-feiras, o horário de abertura é às 12h00
Não funciona nos seguintes dias: 1 de Janeiro, domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro

Site Fragata

Cristo Rei

Foi em uma tarde com muito vento que o Cristo Rei nos recebeu. Inaugurado em 1959 é impossível não associa-lo ao Cristo Redentor do Rio. A diferença está no espaço de circulação e na religiosidade, muito mais forte na versão portuguesa.

No mirante podemos ver Lisboa e a Via-Sacra de Jesus. Na porta do monumento estão os dez mandamentos. Na parte interna, nos quatro pilares simbolizando os pontos cardeais, esta a Capela de Nossa Senhora da Paz. Para quem desejar, existe a possibilidade de pegar um elevador e ir até um terraço, onde se pode admirar mais de perto os detalhes do Cristo e ter uma visão ainda mais ampla da cidade de Lisboa.

Uma observação: a visita ao local e a capela é gratuita, para utilizar o elevador e ir até o terraço paga-se 5 euros. Na capela, muitas obras lindíssimas. É necessário passar por cada sala para não perder nenhum detalhe.

O que eu adorei: existem cartões com mensagens em todas as línguas, onde você pode usar a parte de trás para realizar agradecimentos e pedidos, colocando o mesmo em uma urna. Não deixe de pegar o seu.

Maiores informações:
Endereço: Praceta do Cristo Rei 27A, Almada
Horário: 09h30 às 18h30

Igreja São Domingos

Os bancos individuais de madeira, as paredes queimadas, o teto alaranjado, o piso marcado. Mas o que poderia ser sombrio é iluminado pelo sol que entra pela porta e frestas, assim como pelas velas e objetos dourados.

Localizada em Lisboa, ao lado do Rossio, foi construída no século XIII pelo rei D. Sancho II, e passou por uma série de eventos, como terremoto e incêndio que exigiram sua reconstrução, mas não aliviaram as perdas de pinturas e imagens valiosas.

Simples e grandiosa, ela nos convida a imaginar o desespero dos que ali eram condenados por heresia e o esplendor que deveriam ser os casamentos reais. É o tipo de lugar que transpira estória e pode inspirar histórias. Não deixe de visitar e se surpreender, pois não é a toa que ela foi classificada como monumento nacional.

Maiores informações:
Endereço: Largo São Domingos, Lisboa
Horário: 07:30 – 19:00

Flanando por Lisboa: Rua Augusta, Praça do Comércio, Arco Triunfal e Rossio

Caminhar por Lisboa é simplesmente divertido. A cidade pulsa história, simpatia e gastronomia. Você pode encontrar uma barbearia que faz corte a antiga, se deparar com praças e monumentos de figuras por aqui conhecidas ou quem sabe comprar um Licor de Merda.

Na Rua Augusta um calçadão apenas para pedestres com muitas lojas e restaurantes, atendendo a todo tipo de público. Em seus extremos, duas praças: a do Rossio e a do Comércio. Curiosamente foi o único local que me senti insegura durante toda a viagem. Havia artistas nas ruas, e em um momento uma pessoa chegou a passar encostada na gente. Extremamente movimentada, é considerada um ponto obrigatório de visita, pela beleza da arquitetura e o próprio comércio.

Antes da Praça do Comércio encontramos o Arco Triunfal. Seu relógio impede os mais desavisados de se perderem no horário de verão (o Sol demora em se despedir nos dias quentes). Ao parar embaixo, é possível observar o cuidado e a beleza dos desenhos. Ao olhar para o lado, surpreenda-se com as luminárias e o piso. Ao olharmos da praça, teremos a visão dos seus guardiões e uma visão total da sua beleza.

Na Praça do Comércio é possível deixar as crianças correrem atrás dos pombos, admirar o Tejo e ter outra visão de Lisboa. Conhecida como Terreiro do Paço, já foi a principal entrada da cidade para quem chegava via água. Grandiosa, é cercada por prédios baixos, as cores brancas e amarelas predominam no local.

No Rossio, vale a pena conhecer a Estação Ferroviária, um prédio histórico com bonitos detalhes.

Gastronomia

A culinária portuguesa é rica em cheiros e sabores, e durante a caminhada alguns lugares atraíram a nossa atenção.

O que aprovamos:

Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau: Os bolinhos de bacalhau são maravilhosos, ouso dizer divinos. Pelo seu tamanho dois já valem por uma refeição.

Maiores Informações:
Endereço: Rua Augusta, nº 106 e 108
Horário: Todos os dias das 10:00 às 22:00
Site Casa Portuguesa

O que não aprovamos:

A confeitaria Nacional, que data de 1829, foi a minha decepção. Seus doces são lindos na aparência, do tipo que despertam o desejo de comprar todos. Mas achei que o atendimento deixa a desejar e pelo menos o doce que eu escolhi não tinha gosto de quero mais, na verdade achei bem mais ou menos.

Restaurante São Nicolau: Escolhemos pelo fato de ser o horário da janta da Alice e os pratos de massa pareciam de preparo simples,sem muitos temperos, perfeitos para o paladar dela. Mas o restaurante possui atendimento demorado, tivemos que fazer o pedido duas vezes e implorar para pagar a conta. A massa com molho bolonhesa parecia comida esquentada em micro-ondas, sem gosto e meio crua.

* Viagem realizada em Agosto/2015* Como guias tivemos o pessoal da Além Mar Turismo
* Alice estava com 2 anos e 2 meses na época
* Viagem patrocinada por nós mesmos

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18 comentários em “Lisboa – Dia 3

  1. Ahh que poste maravilhoso, bateu saudades desse lugar maravilhoso! Eu amo Lisboa, quando vou a Portugal é o meu ponto de passagem! sem falar na comida lá é óptima!

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  2. Que incrível! Achei fabuloso todas as fotos e informações sobre Lisboa, ano passado meu esposo foi a Lisboa a trabalho e ficou encantado com a cidade, e desde então estamos querendo ir com a família toda!

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      1. Adorei o post! Me senti lá com você. Imaginei que teria medo do piso em vidro. rs
        Adorei a capela ter cartões em várias linguas e poder fazer agradecimentos e pedidos.
        A igreja São Domingos me arrepiou um pouco. Muitos acontecimentos… deve ter uma energia pesada. Mas históricamente falando é interessante conhecer.
        Uma pena que o restaurante e a doceria decepcionaram. Falam tão bem dos doces portugueses… tomara que na próxima tenha mais sorte na escolha. Bjos

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  3. Olá!
    Aaaaai Portugal está na minha lista de lugares pra ir antes de morrer. Toda a arte e a história que tem por lá, deve tornar a viagem uma experiência incrível.
    Adorei os passeios do seu terceiro dia de viagem. Com certeza vão para o meu roteiro quando eu for pra lá!

    Grande beijo,
    https://almde50tons.wordpress.com/

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  4. Menina, tô adorando acompanhar a viagem de vocês através destes posts. De certa forma você tá permitindo que a gente conhece Portugal, sem sair de casa. Obrigada!

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